Suzano e Spinnova construirão fábrica de fibra têxtil na Finlândia

Parceria prevê criação de uma joint venture e investimento conjunto de 22 milhões de euros A Suzano, referência na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a parti...

7/14/22
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Suzano e Spinnova construirão fábrica de fibra têxtil na Finlândia

Parceria prevê criação de uma joint venture e investimento conjunto de 22 milhões de euros

A Suzano, referência na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, e a startup finlandesa de inovação de materiais Spinnova investirão 22 milhões de euros na construção da primeira unidade da produção da SPINNOVA® em escala comercial. A fábrica será localizada em Jyväskylä, na Finlândia, onde fica o centro de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Spinnova e a planta piloto. A fibra sustentável da Spinnova, criada a partir de madeira e resíduos sem o uso de produtos químicos nocivos, estará disponível para marcas têxteis globais em 2022.

O investimento total, considerando todas as infraestruturas necessárias, como o imobiliário, é de aproximadamente 50 milhões de euros. O imóvel será construído e alugado para a joint venture pela empresa de incorporação imobiliária Jyväskylä Jykia.

A produção será gerenciada e operada pela joint venture entre a Spinnova e a Suzano, sócia investidora da finlandesa, com participação equivalente à proporção de 50% de cada empresa na parceria.

“Cada marca têxtil líder está procurando maneiras de minimizar suas emissões e pegada ecológica e construir uma base circular de material para seus produtos”, afirma o CEO e cofundador da Spinnova, Janne Poranen. “Nos sentimos orgulhosos de que em breve seremos capazes de fornecer às marcas nossa nova, disruptiva e sustentável fibra e tecidos”, completa o executivo.

A Suzano é líder mundial na produção de celulose de eucalipto e tem ampliado sua atuação para criar soluções sustentáveis e inovadoras a partir das árvores para os desafios da sociedade. Na joint venture, a Spinnova será a fornecedora exclusiva de tecnologia, enquanto a Suzano garantirá o fornecimento de celulose microfibrilar produzida de forma sustentável a partir do eucalipto plantado pela companhia no Brasil. A fibra produzida será comercializada com a marca SPINNOVA®.

“A Suzano utiliza apenas árvores plantadas em seus processos produtivos. Essa matéria-prima renovável está sendo combinada com a tecnologia da Spinnova para a produção de fibras mais sustentáveis do que as atualmente disponíveis na indústria têxtil, o que está em linha com as exigências da sociedade contemporânea”, afirma Fernando Bertolucci, Diretor Executivo de Tecnologia e Inovação da Suzano.

Com um processo que não utiliza produtos químicos nocivos ao meio ambiente e consome um volume significativamente menor de água do que a cadeia do algodão, a fibra têxtil SPINNOVA® pode ser considerada a mais sustentável existente. A maneira como a fibra é produzida gera emissões mínimas de CO2, é rapidamente biodegradável e não contém microplásticos. O fato de que essas fibras podem ser recicladas em uma nova fibra de forma repetida torna a fibra SPINNOVA® disruptiva e circular. Além disso, a tecnologia Spinnova permite a produção de fibra têxtil de madeira, bem como de resíduos têxteis ou agrícolas, como palha de trigo ou cevada.

Grupo H&M em colaboração com a Spinnova

Os materiais da Spinnova foram desenvolvidos em colaboração com marcas líderes de moda, como a empresa de roupas dinamarquesa Bestseller, a empresa de moda finlandesa Marimekko e a norueguesa Bergans. Hoje, o Grupo H&M anuncia que se juntou a este grupo de marcas em uma parceria com a Spinnova.

“O Grupo H&M ambiciona ser totalmente circular, e estamos continuamente testando e ativamente procurando integrar ainda mais o uso de materiais sustentáveis por meio das marcas do nosso grupo. Vemos a Spinnova com grande potencial para lidar com os diversos desafios de sustentabilidade que enfrentamos atualmente”, comenta Mattias Bodin, líder do Laboratório de Inovação Circular do Grupo H&M.

As marcas de vestuário mais importantes estão comprometidas em se tornarem ainda mais climate positive. Uma vez que as emissões dos materiais Spinnova são consideravelmente menores do que as do algodão do começo ao fim da cadeia, haverá uma melhoria radical para as fibras têxteis existentes. A fibra da Spinnova já funciona bem em misturas com outras fibras naturais, especialmente o algodão. Em maiores volumes, as misturas de Spinnova sozinhas podem ter um grande e positivo impacto ambiental.

A Spinnova anunciará uma série de novas colaborações e produtos de marca neste ano e tem a expectativa de ter a capacidade de produção da nova fábrica preenchida ainda em 2021. “Acreditamos que a fibra SPINNOVA® será o avanço que a indústria têxtil e da moda estavam esperando”, salienta Poranen. “Temos todos os componentes necessários no local: um produto de boa qualidade que pode substituir o algodão nos produtos finais, prova de conceito de nosso piloto de produção, tecnologia escalonável e amplo suprimento de matéria-prima sustentável”.

Para acelerar o crescimento da empresa, a Spinnova agora está explorando ativamente várias alternativas substanciais de financiamento.

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