A Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, está utilizando uma tecnologia empregada em missões espaciais para explorar Marte nas análises de solos e folhas de eucalipto em suas áreas florestais. Pioneira no uso deste equipamento na silvicultura, a companhia vem aplicando a solução desde 2021 e já analisou mais de 10 mil amostras.
Conhecida como espectrometria de fluorescência de Raios X (XRF), a técnica é capaz de qualificar e quantificar os elementos químicos que compõe determinado objeto, sendo amplamente utilizada em laboratórios e indústrias de todo o mundo. Com o equipamento, em menos de um minuto é possível obter uma análise química completa do solo, o que levaria mais de 30 dias pelos métodos convencionais de laboratório.
No cenário florestal, além da economia de tempo, a adoção do equipamento reduz o uso de reagentes químicos em 80% e proporciona a diminuição da emissão de gases de efeito estufa, devido ao menor transporte de amostras e à redução das operações de coleta. O uso dessa técnica representa uma economia de R$ 1 milhão por ano para a companhia, que realiza mais de 15 mil análises anuais de solo e planta.
‘’Essa tecnologia tem mostrado excelentes resultados para a silvicultura, proporcionando mais sustentabilidade para o processo e informações que tornam nosso setor cada vez mais orientado por dados’’, enfatiza Luiz Felipe Mesquita, pesquisador de manejo florestal da Suzano. “Essa é a aplicação da inovabilidade, a sustentabilidade por meio da inovação, que orienta nossa busca por soluções e tecnologias mais sustentáveis e que promovam um futuro melhor para toda companhia e setor’’, completa.
A meta é que 100% das análises das áreas florestais da companhia sejam feitas por esse método até 2025.