O FASB – Fundo Ambiental Sul Baiano - anuncia o seu segundo ciclo de investimentos. Oito milhões de euros serão aportados durante três anos para cumprir três grandes metas: a implantação de 1.500 hectares de restauração ecológica e manejo sustentável para a formação de corredores ecológicos, que possibilitarão a conexão de cerca de 170 mil hectares de fragmentos florestais entre o sul da Bahia e o norte do Espírito Santo e, com essas ações, conectar um corredor ecológico de 500 km.
A empresa dinamarquesa KIRKBI aumenta em mais de um terço o seu investimento nesse novo ciclo do Programa FASB, mantendo a britânica iNovaland como a gestora do Programa. O investimento da KIRKBI será dobrado por meio de dois projetos: o FASB-Floresta Viva, uma parceria com o BNDES e o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO), financiando projetos socioambientais de instituições regionais; e o Corredor da Mata, com a Suzano S.A., fomentando junto a produtores rurais a adequação ambiental e ações de restauração e manejo sustentável no corredor planejado entre a maior área de Floresta Atlântica de Tabuleiro do norte do Espírito Santo, composto pela Reserva Biológica de Sooretama, a Reserva da Vale e duas Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) da Suzano, e o Parque Nacional do Monte Pascoal no sul baiano.
Segundo Márcio Braga, coordenador do FASB, “este novo ciclo do FASB reflete a importância ambiental e social dos resultados alcançados durante o primeiro ciclo de trabalho e a vontade que os investidores têm em conservar, restaurar e reconectar os remanescentes da Mata Atlântica”. E acrescenta: “queremos que este segundo ciclo continue a trazer projetos que proporcionem valor real às comunidades locais, garantindo que os objetivos se baseiem nas prioridades locais. Nosso foco é investir em projetos para restauração florestal, agrossilvicultura e para a conexão de fragmentos florestais que promovam um impacto positivo na paisagem, na conservação da biodiversidade, na segurança alimentar e no incremento da renda familiar”.
Lars Hyldgaard Olesen, diretor de Programas da KIRKBI, comenta sobre a renovação da parceria. “Estamos muito satisfeitos com os resultados do primeiro ciclo de apoio do FASB às comunidades locais na restauração florestal. Com este novo ciclo do FASB, esperamos expandir a rede com investidores adicionais para ampliar as atividades mantendo, ao mesmo tempo, o engajamento local”. Por meio do programa Floresta Viva, do BNDES/FUNBIO, serão agregados ao desenvolvimento dos projetos ainda mais conhecimento técnico e metodologia inovadora para fortalecer a recuperação de biomas e desenvolver atividades econômicas sustentáveis.
A parceria com a Suzano, empresa brasileira do setor de celulose e papel do Brasil, será por meio do Projeto Corredor da Mata. O objetivo é conectar cerca de 170 mil ha de fragmentos de Mata Atlântica em conjunto com o FASB e outros parceiros, que vêm sendo prospectados. Helena Pavese, gerente executiva de Sustentabilidade da Suzano, destaca que o Projeto Corredor da Mata está em linha com um sólido trabalho de conservação da biodiversidade que a empresa vem realizando. “A iniciativa faz parte de um dos nossos Compromissos para Renovar a Vida, que é conectar meio milhão de hectares em áreas prioritárias para conservação no Cerrado, Mata Atlântica e Amazônia até 2030. Na Mata Atlântica, pretendemos conectar por meio do grande corredor planejado desde Linhares, no Espírito Santo, até Porto Seguro, na Bahia. A parceria com o FASB fortalece ainda mais essa iniciativa”, observa ela.